Padre Brown: A rejeição da superstição e a análise fria do mundano. |Resenha ilustrada.

Em uma recente entrevista ao site Literatura Policial, Braulio Tavares definiu os crimes impossíveis como: “(…) contos de mistério e de engenhosidade, que estabelecem um desafio entre o autor e o leitor. O autor propõe uma situação que parece sobrenatural (parece haver nela o envolvimento de espíritos, uma desmaterialização), mas depois vê-se que ela pode… Continue reading Padre Brown: A rejeição da superstição e a análise fria do mundano. |Resenha ilustrada.

O vórtex, como evocação de vertigem, como ponto nevrálgico do mistério.

Quando fui convidado pela Bandeirola para fazer a ilustração temática para a coletânea de contos de crimes de quarto fechado, pensei em usar o caráter cartesiano de uma planta baixa, para a partir disto tentar desdobramentos até a construção de uma atmosfera de mistério. Julguei insólito, o que considerei bom, e, após algumas tentativas frustradas, em relação à transformação e manipulação do espaço, lembrei de como me impressionam os trabalhos do pintor dinamarquês Vilhelm Hommershoi, especificamente a ressonância de seus cômodos vazios, que têm a presença humana como algo temporalmente remoto, mesmo nos casos de uma figura humana representada. (…)

Arséne Lupin em A MORTE NA PRAIA (1922): Uma crítica ácida e bem-humorada de Maurice Le Blanc à sociedade francesa do início do século XX. | RESENHA

O conto selecionado é “A MORTE NA PRAIA” (1922-1923), no qual Lupin, sob o disfarce de Príncipe Rénine, precisa fazer muito mais do que descobrir quem é o assassino de um complexo caso.

O primeiro conto de Crime de quarto fechado, de Sheridan Le Fanu | Resenha

E uma de suas obras menos conhecidas no Brasil está o conto Uma passagem na história secreta de uma Condessa na Irlanda, publicado pela primeira vez em 1838, na Dublin University Magazine, considerado por alguns críticos como o primeiro conto de crime de “quarto fechado”

“Como solucionar um caso em que o assassino não é o responsável pelo crime?” Resenha de O MISTÉRIO DE DOOMDORF, de Melville Davisson Post

À primeira vista, talvez, Tio Abner cause um certo desdém em muitos leitores hoje em dia, devido aos seus discursos moralizantes. Contudo, o que, de fato, destaca o personagem de outros detetives, é que Tio Abner é um observador sem igual. Dos homens, dos animais, dos objetos e da própria natureza. Usando um raciocínio lógico, com base unicamente em seu olhar crítico, Abner é capaz de solucionar os mistérios mais improváveis.

O que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite.

O caminho de uma editora para a criação de um ícone, uma imagem que sintetize a ideia do poder da literatura, da leitura, de uma biblioteca pessoal para representar a nova série de Antologias da Bandeirola.